Quanto tempo que não te via... Tinha esquecido como era te observar, mesmo que de longe, sem sequer intervir...
Na última vez, vi em teu olhar uma tristeza e certa preocupação, um turbilhão de confusões exigindo decisões...
Mesmo sabendo que não cabia a mim a solução, não cabia a mim...
E apesar das raivas que já senti, te olhar hoje é relembrar dos tempos áureos do cabaret, onde a única raiva que eu tinha era de me despedir e as vezes, despir meus mais secretos sentimentos.
E nesse louco strep-tease de roupas, sapatos e acessório, todos em formas de palavras, me pergunto se tudo não fazia parte apenas desse jogo traiçoeiro que perdi. Pensei que era Poker e entrei blefando, não sentindo, não ligando, não gostando e até mesmo não acreditando...
E como diz o ditado azar no jogo, sorte no amor, mas se não era amor, era jogo, tenho azar em dobro?
Sinceramente eu não sei, só sei que virei a mesa e me entreguei.
Me dei,
Me entreguei,
Te adorei,
Aproveitei
E acreditei. Acreditei não, ainda acredito e me nego duvidar.
Mesmo que do jogo das palavras, hoje só reste silêncio e constrangimento, ainda relembro saudosa, te esperando de volta no meu cabaret, para mais uma partida, quem sabe ainda nessa mesmo vida...
2 comentários:
O jogo entre participantes conhecidos tem possibilidades maiores de acontecer, quanto a se entregar e aproveitar só posso dizer que jogo para valer a pena tem que ser vividoo mais intensamente possivel em todas as suas emoções e sensações e lembre da musica " o que eu ganho e o que eu perco ninguem precisa saber ", saudosa é e sempre será a vida, graças a essa mania de só dar valor no que ja foi perdido, que ja acabou. mas PRA FRENTE É QUE SE ANDA e que se vive, se o passado foi bom o futuro pode ser melhor depende unica e exclusivamente de o que vc esta fazendo no presente para este futuro.
Estou ansioso para ver a continuação desses pensamentos. Ah! se o mundo fosse mais florido com contos e versos como esse. Parabéns
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